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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

ECLIPSE, UM HARD ROCK MAIS QUE CONTENMPORÂNEO.


 • Eclipse, Um Hard Rock mais que contemporâneo.

Se você gosta dos anos 80, das trilhas sonoras marcantes dos filmes e propagandas que habitavam essa época, provavelmente vai gostar dessa banda que veio diretamente da península escandinava, a Suécia.

Com um nome de fácil pronuncia, a ECLIPSE surgiu em 1999 e desde lá vem presenteando seu público desde com álbuns de extrema qualidade. Porém, iremos falar sobre um álbum de 2017, MONUMENTUM.

Este é o sexto trabalho desta banda, produzido pela Frontiers Records juntamente com a banda e veio dar continuidade para o excelente trabalho já feito no álbum anterior (Armageddonize), que fora lançado em 2015.

O álbum já abre com a música Vertigo, com riffs extremamente marcantes, vocais melódicos e com um refrão envolvente, mostrando de cara para o que veio, logo em seguida temos a primeira música de trabalho do álbum intitulada Never Look Back, mostrando uma abordagem extremamente contemporânea do Hard Rock. Em Killing Me, o destaque certamente é para as guitarras dropadas e os coros dando um charme a mais na faixa. Seguindo, temos The Downfall of Eden, que segue a mesma fórmula da anterior, com guitarras dropadas e com peso. Hurt, assim se chama a primeira balada do álbum, e também segunda música de trabalho do álbum, com vocais e instrumentos soando de forma suave e harmoniosa, tal música poderia ser trilha de qualquer seriado ou filme tranquilamente. Jaded, a faixa seguinte, trás de volta a guitarras pesadas e toda energia que a banda já tinha nos apresentado. Born to Lead, é o momento fã da banda, visto que essa música que não foi gravada pelo Whitesnake em seu álbum de estreia em 1987, e o que falar dela? Simplesmente para mim, a melhor música do álbum, com uma harmonização de teclado maravilhosa, um riff gostoso de se ouvir, um refrão que gruda na cabeça. For Bettter or for Worse também nos trás bastante peso e consistência mantendo a intensidade. No Way Back, sem dúvidas é a música com a letra mais sombria, mas mesmo com o tom mais “dark”, não deixa de ser uma ótima canção fazendo ponte com Night Comes Crawling que também tem essa pegada mais sombria, com uma letra falando muito sobre a noite. Por fim, e não menos importante temos a última música, Black Rain, que já começa com uma introdução perfeita e segue com um riff pesado, e com muitas influencias progressivas, a canção fecha o trabalho com chave de outro mostrando mais um trabalho de qualidade da Frontiers Records.

Em resumo, se você está procurando alguma banda nova, procura uma sonoridade contemporânea e com uma pegada clássica ao mesmo tempo, Eclipse é uma ótima pedida.

A BANDA É FORMADA POR:

Erick Mårtensson – Vocais

Magnus Henriksson - Guitarra

Philip Crusner  -Bateria

Magnus Ulfstedt - Contrabaixo

 

TRACK LIST MONUMENTUM :

1. Vertigo

2. Never Look Back

3. Killing Me

4. The Downfall of Eden

5. Hurt

6. Jaded

7. Born To Lead

8. For Better or for Worse

9. No Way Back

10. Night Comes Crawling

11. Black Rain

 

SITE DA BANDA: 


https://www.eclipsemania.com/

SPOTIFY:

domingo, 19 de setembro de 2010

Mentalizando com André Matos


Fiquei com vontade de escrever uma resenha sobre o álbum Mentalize, segundo trabalho solo de Andre Matos, logo na primeira vez que o ouvi. Contudo, dado a alta carga de complexidade do álbum – desde sua temática até as frases de bateria nas músicas – sempre deixei esta tarefa para depois. Como escrever resenhas sobre álbuns musicais é algo difícil, e como é mais difícil ainda escrever resenhas sobre álbuns complexos, não queria correr o risco de que minha resenha fosse um não-atrativo para as pessoas. Após alguns meses ouvindo Mentalize, aqui vai minha resenha.

Sempre polêmico e criativo Andre Matos e seu grupo compuseram um álbum bem particular. Em vários pontos, o cd é distinto de outros álbuns de Heavy Metal que tem sido lançados. A temática do álbum mistura religião, misticismo, obscurantismo, ciência e razão – por mais estranho que isto possa parecer ser a alguns. A capa do disco, aparentemente simples e sem muita sofisticação, contém o que a princípio parece ser um labirinto. Contudo, diferentemente de um labirinto tradicional que possui várias pegadinhas e do qual pouquíssimas pessoas conseguem sair, o labirinto gótico da capa d possui apenas um caminho a se seguir, que inequivocamente conduz ao seu centro.

De acordo com o mentalizador desta ideia, Andre Matos, o labirinto representa nós mesmos, e o caminho que devemos percorrer até o centro para obtermos autoconhecimento. Pode-se, contudo, imaginar um milhão de coisas ao olharmos este labirinto: não raro perdermos o rumo do caminho do labirinto quando estamos o seguindo apenas com os olhos – o que poder representar a dificuldade que as pessoas têm de se autoconhecer, mesmo pensando a princípio que esta tarefa seja fácil; o encarte do CD é todo furado, formando uma espiral que coincidentemente está em sentido contrário ao sentido do labirinto, o que ajuda a nos confundir – o que pode representar os atalhos que projetamos para tentar burlar a necessidade do autoconhecimento que, ao invés de nos ajudar, apenas nos atrapalham; os furos deste atalho parecem formar uma espiral parecida com uma galáxia – podendo significar que a busca pelo autoconhecimento é universal, comum a todo ser vivente. Enfim, podem-se imaginar mil coisas ao olharmos a capa do disco.

Todos estes furinhos no encarte obviamente acarretaram um ônus: a tarefa de ler as letras das músicas no encarte tornou-se muito mais difícil do que o usual. Mas nada que tire o brilho de termos em mãos um encarte que é totalmente furado da primeira à última página.

Musicalmente falando, não fica para trás no que se refere a sofisticação e qualidade. No geral podemos dizer que o álbum é mais “direto” que seu antecessor, Time to be Free. A primazia de Mentalize fica com as guitarras e com os graves do baixo e da bateria, diferentemente de Time to be Free, onde as orquestrações tinham um papel de destaque bem maior nas músicas.

Diferente do usual para bandas do estilo, Mentalize não começa com uma Intro orquestrada. A primeira faixa, Leading On começa em um clima um tanto sombrio, com uma voz assustadora sussurrando em um tom estranho e os tribais de bateria sendo conduzidos progressivamente mais firmes por Eloy Casagrande até a aparição dos demais instrumentos e do começo da música em si. Este clima meio Cine Trash me lembrou bastante alguns momentos do primeiro álbum de Black Sabbath, considerado por muitos o álbum que mudou a história do Rock. Como um todo Leading On lembra vagamente Nothing to Say, clássica música do álbum Holy Land, segundo da era Andre Matos na banda Angra.

A segunda música do álbum, I Will Return começa com uns coros bastante interessantes, lembrando aqueles corais escolares que vemos em filmes americanos – com a sonoridade meio “doce”. Logo após temos a entrada das guitarras e o peso da música. E música possui bastante variações de intensidade: há momentos que temos apenas piano, momentos em que o baixo de Mariutti se destaca, momentos dos corais, momentos em que ela lembra o Heavy Metal dos anos 70 e momentos que ela parece que Gothic Rock. É uma das minhas faixas preferidas do disco.

A seguir temos Someone Else. A música também começa em um clima meio sombrio e com os instrumentos dando as caras aos poucos, não de uma vez. Andre Matos contribui com o clima sombrio cantando as primeiras frases da música com um efeito meio trash na voz. O ponto forte desta música é seu refrão, que é bem meloso e se destaca do resto da música. Os solos de guitarra também são um grande atrativo, especialmente por volta dos 4 minutos de música, quando eles formam uma espécie de dueto com o fundo de piano que é executado.

A quarta faixa do disco é Shift the Night Away. Depois de um dueto entre tribais de bateria e solos melosos de guitarra a música apresenta seu peso e velocidade. “Metal melódio” se encaixa perfeitamente em uma curta definição de Shift the Night Away. A melhor parte da música é lá pelos 2:30 min., quando os solos de guitarra ficam em evidência. O refrão é forte e ele combina perfeitamente com a voz de Andre Matos, criando um contraste muito legal com os coros dos vocais back.

Back to You é a quinta faixa. É aquele tipo de “balada progressiva” que começa calmamente e vai aumentando a intensidade até seu ápice. Gosto deste tipo de música quando elas contêm (como é o caso de Back to You) uma letra que se assemelha a uma história, com a melodia acompanhando a história. É uma música muito criativa, progressiva, daquelas que você apresenta para sua namorada que não gosta de Heavy Metal no intuito dela se converter.

A sexta faixa do disco é a que dá nome ao álbum, Mentalize. Ela não é muito rápida, mas é a mais pesada do disco. Seu estilo combina bastante com seu conteúdo lírico: a letra fala sobre os mistérios da física quântica e do misticismo por trás destes mistérios. O conteúdo da letra é bastante especulativo e não-objetivo – e não poderia ser diferente, afinal estamos lidando com uma música, não com um compêndio de física. Nesta faixa os famosos coros (que estão presentes em todo o disco) são mais fortes e “masculinos” – bem trues! – diferente dos coros mais “doces” que vemos em outras faixas como I Will Return.

A seguir temos The Myriad. Ela curiosamente começa dando pinta que vai ser monstruosa-mente pesada: tribais na bateria e frases firmes de guitarra logo nos primeiros segundos. Porém a música não contém nada do peso que ela aparentou profetizar no seu início. A música é cadenciada quase em sua totalidade, onde as distorções das guitarras são apenas coadjuvantes de luxo. É uma música muito gostosa de se ouvir, cujas excentricidades passam desapercebidas quando a ouvimos sem lhe dar a devida atenção.

When the Sun Cried Out é a oitava faixa do disco, é outra faixa que gosto muito de escutar. Ela começa bem ao estilo Nightwish, com aqueles coros “ah ah ah!” misturados com o peso das guitarras e a melodia dos teclados. Ela alterna períodos de peso e velocidade (refrão) com passagens mais cadenciadas e melódicas (estrofes e solos). Uma faixa bastante interessante.

A nona faixa do disco chama-se Mirror of Me. Eu não a odeio. Ela dá para descer. Quando coloco o álbum para ouvi-lo do início ao fim eu a escuto sem problemas. Seu problema é que, diferentemente das demais músicas do álbum, ela não tem nenhum destaque. Não há nada nela sobre o qual eu possa falar “Isto é demais nesta música”. Parece aquele tipo de faixa que foi composta durante as gravações apenas para encher o álbum. Não é uma faixa ruim – apenas normal demais.

A seguir temos Violence, a mais misteriosa faixa de Mentalize. Andre Matos deixou o seguinte desafio na entrevista que deu à revista Roadie Crew nº 131, Dezembro/2009 (revista especializada em hHeavy Metal): “Isso as pessoas terão que descobrir” quando foi perguntando qual era o motivo da música terminar da forma como termina. Eu tenho minha teoria pessoal sobre Violence e é baseada em duas pistas. Primeiro, a música acaba exatamente do jeito que ela começa, com uma orquestração curta e estranha, o que poderia ser uma dica de que “as coisas são como sempre são”. Esta talvez seria a sina de Violence, a vida é um ciclo que não pode ser alterado. Isto parece ser testificado pelos trechos finais da música: “All we see is flesh / longing for the next episode of pain, cause / violence and decadence are / tragic routes that cross each other / no one cures the consequence / left behind by violence” [Tradução aproximada: “Tudo o que vemos é carne / esperando pelo próximo episódio de dor, porque / violência e decadência são / caminhos trágicos que cruzam uns aos outros / ninguém cura a conseqüência / deixada para trás pela violência”.]. Esta seria a razão da musica terminar igual seu começo: a sina do ser humano pela violência é algo do qual ele não pode escapar. Enfim, é apenas uma teoria, uma proposta de resposta ao desafio deixado por Andre Matos. À parte do desafio, Violence é uma excelente faixa – uma de minhas favoritas.

A Lapse in Time é a décima primeira faixa do disco e é a mais excêntrica de todas. Não tem guitarra, nem baixo, nem bateria. Apenas a voz de Andre Matose o acompanhamento de piano. A música mostra todo o talento de Andre Matos adquirido com seus estudos de música erudita. Tem uma letra muito solitária, carregada de sentimentos. Maravilhoso!

Logo após a calmaria de A Lapse in Time temos a explosão de Powerstream. Uma pedrada Power Metal do início ao fim. Pesada, rápida (a mais rápida do disco) e melódica. Destaque para o baterista Eloy Casagrande, que teve seu potencial muito bem aproveitado. Essa faixa lembra muito Endeavour, faixa final de Time to be Free – aquele tipo de música para fechar com excelência o álbum. Como bônus track, contudo, a versão brasileira traz ainda uma última música. A grata surpresa Don’t Despair, gravada originalmente em 1992 na primeira demo tape da banda Angra, Reaching Horizons. Sempre havia me perguntado por que raios esta música jamais havia sido aproveitada pelo Angra em seus álbuns posteriores. Foi ótimo ouvi-la agora com uma qualidade melhor do que a gravação original. Além de ser uma música excelente, o fato de Andre Matos ter a regravado tantos anos depois de sair do Angra é uma forma dele lembrar a todos que o Angra jamais estaria onde está se não fosse por ele.

Enfim, Mentalize é um excelente álbum de Heavy Metal. Como apreciador do estilo, gostei bastante da musicalidade do álbum, que ficou mais madura do que Time to be Free. Como alguém que aprecia bastante originalidade, preza bastante pelo conteúdo lírico das músicas e que lê bastante sobre religião, ciência e a famosa polêmica sobre a questão da existência de Deus, não houve outro resultado possível além de gostar deste álbum.

Apesar de ter escrito bastante (jamais havia escrito uma resenha tão grande antes), só se entende um álbum musical depois de ouvi-lo. Então eu recomendo o Mentalize a todos que apreciam música de qualidade. Recomendo a todos que estão a um passo além da mediocridade da cultura musical brasileira e mundial atualmente.

Vou deixar alguns endereços para que vocês possam pesquisar sobre a carreira do André Matos


Sites do Andre:
www.andrematos.net
www.andrematossolo.com.br
twitter.com/andrematossolo


MySpace do Andre:
www.myspace.com/andrematossolo



domingo, 25 de julho de 2010

O Edu sabe cantar sim!

Falaremos sobre um vocalista que eu particularmente gosto muito que é o EDU FALASCHI, vocalista do ANGRA e que já está no seu segundo CD da sua sua banda paralela o ALMAH, intitulado Fragile Equality, que foi lançado em 2008.
Conhecido mundialmente por ser vocalista da banda Angra, engana-se quem pensa que Edu segue a linha desta banda, pois há mais peso e áreas musicais mais exploradas. O CD mistura várias influências de heavy, power, thrash e prog metal, na medida certa para cada música e melodia de voz.
Repleto de diferentes linhas de voz, como jamais tinha visto em seu trabalhos, nota-se uma grande evolução desde o seu primeiro trabalho realmente conhecido, o CD REBIRTH (Angra). Sua primeira tiragem foi esgotada na Expo Music de 2008, em um só dia.
Com muitos duetos de solos de guitarra, baixos bem pesados e frases de bateria diversificadas, "Fragile Equality" me surpreendeu, por mais que eu não conhecesse o trabalho da banda. As letras se tornam um mundo à parte, falando principalmente sobre desigualdade, em todos os aspectos, e por outro lado um otimismo sem igual.
Nas três primeiras musicas – “Birds of Prey”, “Beyond Tomorrow” e “Magic Flame” – já é possível perceber que não estão de brincadeira. Compassos rápidos acompanhados de efeitos de teclados, muito pedal duplo e solos de guitarras em sintonia descrevem o inicio deste álbum. Na terceira principalmente, muito bem executada a forma de como o ritmo e o tom da música vão subindo ao decorrer dela.
Na música seguinte, “All I Am”, vem a primeira balada do CD, com refrão marcante com violões e coro, dá um ar enfático e, o que seria somente uma balada, se torna uma linda obra com muito sentimento. Seguida por “You’ll Understand”, que foi a primeira musica apresentada no Myspace à mídia, tem efeitos sonoros e muito drive na voz, destaque para Felipe Andreoli com um pequeno solo no meio da música, fazendo ponte a um extenso dueto de solos de guitarra de Paulo Schroeber e Marcelo Barbosa.
“Invisible Cage” vem como a música mais leve do álbum mesmo com passagens obscuras, com percussões e ritmo diferente das demais músicas, o oposto da faixa título, “Fragile Equality”, com muitas influências de thrash nas partes cantadas, quase não se pode reconhecer a voz do Edu até o refrão e Marcelo Moreira se destaca nesta música pelas passagens de bateria.
“Torn” é mais uma musica notável no CD por se perceber claramente linhas de voz e melodias jamais ouvidas por mim. “Shade of My Soul”, a segunda e última balada do disco, vem com um clima intimista, calmo, um tom de voz doce e forte. Encerrando o álbum, “Meaningless World” é uma música um tanto diferente das demais por sua pegada mais ‘power’, mas não deixa a desejar por ser a última.
"Fragile Equality" sem dúvida é uma grande produção, um CD que deve ser ouvido com atenção para se notar que cada mínimo detalhe foi pensado e escolhido para fazer parte disto. Não é necessário ouvir mais de uma vez para se cantar um refrão ou outro, cantar os solinhos de guitarra ou ‘bater cabeça’ no ritmo da música. Com certeza muitos se surpreenderão ao ouvir este trabalho da banda Almah, que está mais diversificado e autêntico do que nunca.
MÚSICAS:
1. Birds of Prey
2. Beyond Tomorrow
3. Magic Flame
4. All I Am
5. You ll Understand
6. Invisible Cage
7. Fragile Equality
8. Torn
9. Shade of My Soul
10.
Meaningless World
O Almah é:
Edu Falaschi | Vocais
Marcelo Barbosa | Guitarras
Paulo Schroeber | Guitarras
Felipe Andreoli | Baixo
Marcelo Moreira | Bateria
Link pra download

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Batalha no Metal? Só os fãns que tem a ganhar!



Reunindo os aclamados Russel Allen (Symphony X) e Jorn Lande (Masterplan), dois dos principais vocalistas do metal, apresenta em suas doze faixas um resultado que, para minha surpresa, não só atende mas, em alguns momentos, até supera a expectativa criada em torno do projeto. Os méritos maiores, apesar da badalação em cima de Allen e Lande, acaba sendo do pouco conhecido guitarrista Magnus Karlsson (Starbreaker, Last Tribe), autor de todas as músicas, baixista e tecladista e co-produtor do álbum ao lado de Anders Theander. Suas composições transpiram inspiração, emulando e reunindo as melhores passagens do metal melódico e do rock de arena dos anos oitenta. Além disso, Magnus se mostra um ótimo guitarrista, entregando excelentes solos em praticamente todas as músicas. Junto a eles está o baterista Jaime Salazar, que faz ótimas linhas melódias na bateria.Mas o que tem levado milhares de pessoas a escutar esse álbum é o encontro dos dois vocalistas, a tal batalha sugerida no título, e neste aspecto podemos considerar o resultado final como um empate com gosto de vitória. Russel Allen e Jorn Lande dividem os vocais em seis das doze faixas, e cada um solta a voz também em três faixas “solo”. Os melhores momentos, como não poderia deixar de ser, acontecem quando os dois contrapõe os seus excelentes vocais na mesma música. Já na abertura, com “Another Battle”, dona de um refrão pegajoso que nos leva de volta à década de oitenta, dá para sentir que estamos ouvindo um trabalho bem acima da média. A empolgante “Wish For A Miracle” também se sobressai, e nela o contraponto entre a voz limpa de Allen e o vocal um pouco mais agressivo de Lande é de um bom gosto único. As guitarras desta música também merecem destaque, tanto nos riffs quanto no longo e belíssimo solo de Magnus Karlsson. O confronto entre os dois vocalistas acontece também em “Come Alive”, a música mais pesada do álbum (na minha opinião) e que agrada à primeira audição. “Truth About Our Time” é metal melódico puro, com passagens vocais excelentes tanto de Russel quanto de Jorn. “Silent Rage” tem um riff que lembra os melhores momentos do Dio, enquanto a balada “The Forgotten Ones” fecha o álbum com belíssimas linhas vocais, com as duas vozes se completando e levando a música para outro nível, na minha opinião ela é a melhor música do CD Em seus momentos “solo’’ “The Battle” também nos entrega excelentes canções. Russel Allen dá uma aula em “Hunter´s Night”, e é impossível não ficar com o queixo caído ao ouvir a sua voz nesta música. “Universe Of Light” tem uma estrutura que une o peso a momentos feitos sob medida para a voz de Allen ganhar destaque, além de possuir um dos melhores refrãos do álbum. Já a mediana “Ask You Anyway” só se salva mesmo pela performance irretocável do vocalista do Symphony X. Já Jorn Lande brilha sozinho na melosa e chatinha “Reach A Little Longer” e dá um show na melódica “My Own Way Home” e na cadenciada “Where Have The Angels Gone”, mostrando, com folga, porque é uma das vozes mais respeitadas do metal. O álbum ganhou versão nacional pela Hellion Records, em uma edição com um encarte de dezesseis páginas com todas as letras, além de diversos “sketches” mostrando a evolução da arte da capa. Para fechar, na minha opinião o projeto deveria se chamar Allen/Lande/Karlsson, já que a participação de cada um é determinante para o ótimo resultado final alcançado. Um grande álbum para quem curte não só o trabalho do Symphony X e do Masterplan, mas, principalmente, boa música. Escute pois você não se arrependerá!
Músicas:
01. Another Battle (Jorn Lande e Russel Allen)
02. Hunter´s Night (Russel Allen)
03. Wish For A Miracle (Jorn Lande e Russel Allen)
04. Reach A Little Longer (Jorn Lande)
05. Come Alive (Jorn Lande e Russel Allen)
06. Truth About Our Time (Jorn Lande e Russel Allen)
07. My Own Way Home (Jorn Lande)
08. Ask You Anyway (Russel Allen)

09. Silent Rage (Jorn Lande e Russel Allen)
10. Where Have The Angels Gone (Jorn Lande)
11. Universe Of Light (Russel Allen)
12. The Forgotten Ones (Jorn Lande e Russel Allen)

Vou deixar um link de um site para vocês baixarem o CD
http://listenbeforeyoudie.com/category/melodic-metal/russel-allen-jorn-lande

Espero que gostem!

domingo, 18 de julho de 2010

Arising Thunder, boa para uns. Para outros nem tanto!


Bem a primeira postagem do blog, eu decidi falar sobre a coisa que mais tem me chamado atenção no momento que é a volta do Angra, o que tem sido esperada por mim a muito tempo.Depois do fracassado Aurora Consurgens, eles voltam com um single que agrada uns e a outros nem tanto que é a música "Arising Thunder!"

Durante os últimos meses fomos "fusticagos" e "cutilados" com prévias e anúncios de um novo álbum por parte do Angra, uma notícia que é sempre um verdadeiro regozijo pra todos nós, brasileiros, fãs do bom metal. E eu, como fã copiosamente adulador do Angra, estava muito esperançoso no novo material, e, enfim, depois de dois anos de espera dolorosa, o primeiro single caiu em nossas mãos e em nossos ouvidos.

O tragicômico é rever os vídeos da banda e vê-los todos comentando sobre quão maduro é esse novo álbum, um marketing austero que deu certo, infelizmente antes e depois do lançamento, pois o que vimos foi uma grande parcela de garotos que começaram a ouvir Angra ontem e se deixaram levar pela lábia infame do marketing e já consideram esta a melhor música do Angra - e eu não estou aqui pra pregar nada contra o gosto pessoal de cada um, nem pra criar um pseudo elitismo embasado no tempo, não, sou absolutamente contra, mas o que me mais choca é a falta de capacidade de compreensão destes, que sequer aceitam uma crítica negativa.

Mas, e o que eu penso da música? Bom, eu havia depositado todas minhas experanças como fã de Angra nessa canção, esperava que ela fosse arrepiar-me cada pelo do braço como acontecia nos tempos áureos da banda, desde sua primeira demo até o Temple of Shadows, mas, não foi isso que pude ver. Uma introdução clichê(E não necessariamente pejorativa) abre a música, que segue com um solo dobrado ao melhor estilo Angra, com uma pegada germânica insossa, que culmina em uma abertura vocal do Edu que já me chocou por não conter a magia de produção apresentada nos dois álbuns do Almah, que é algo recente, não contem grandes agudos, uma voz mediana, sob uma produção linda, mas não foi o que deu pra ver. As guitarras parecem engolir a voz, não há teclado, e quando a música começa a tornar-se agridoce e parece decolar, sob a fulgência de uma ponte promissora, ela cai completamente e exonera-se de qualquer tempero e torna-se completamente sem sal no refrão, o que fez com que o meu coração de fã ficasse atônito, uma ponte promissora pra depauperar 'num refrão tão 'feito' pelas coxas? E o pior vem depois, solos sem qualquer sentimento condizente, que mais parecem demonstração pífia de técnica e, ao retornar do solo, a música até tem uma variante que te cria esperanças, mas mais uma vez te apunhala com uma mesmice absurda e um fim 'esperável'.

No fim, para um grande fã do Angra que teve a oportunidade de apreciar qualquer fase aonde a banda colhia os verdadeiros louros da música boa(E você pode começar fazendo isso agora, não precisa ser fã da banda há anos, é só ter ouvidos e o material), essa música é como comer ovo frito sem sal, em um momento de escassez e fome musical um bom ovo frito poderia acariciar seu paladar como nenhum caviar faria, mas, cadê o sal? Aonde colocaram aquela 'cozinha' do Angra, cujo Mestre Cuca Rafael tinha a seu lado Edu Falaschi?

Nessas horas eu me pergunto, como após lançarem coisas como Fragile Equality e Brainworms, em seus projetos paralelos, Rafael Bittencourt e Edu Falaschi conseguem cair na mesmice insulsa? Mas a resposta é simples, essa música é do nosso Kiko Loureiro, não tem participação na composição do Rafael Bittencourt, o que nos deixa cada dia mais claro que, após a saída do André Matos (Para quem não sabe ele foi o primeiro vocalista do Angra ), o Rafael é a mente brilhante no Angra, embasada pela versatilidade criativa do Edu, e vou exonerá-lo da responsabilidade pela 'Arising Thunder', pois, podemos ver em registros recentes, com o próprio Almah, que o Falaschi sabe bem criar uma boa música.

Mas como comparar uma música cujo teclado é nulo, não tem altos e baixos, parece uma linha reta mediana, com músicas como Carry On, Nothing To Say ou Nova Era, com seus coros, refrões marcantes, pegadas distintas? Chega a ser um escárnio, tentar. O que me causa grande tristeza em dizer, pois, há tanto tempo sem ouvir uma música inédita do Angra, eu esperava MUITO mais, mesmo que fosse clichê, mesmo que fosse muito mais do mesmo, André Matos está aí com seu Mentalize( Seu segundo CD solo), que não nos deixa esquecer que músicas clichês podem sim ser muito boas, e eu ainda me arrepio quando ouço o Mentalize. É como se imaginar em um deserto, encontrar um oásis, água pura, e ela ser tão salgada que não se possa beber, essa é a Arising Thunder.

Agora é torcer, e eu estou torcendo DEMAIS pra que o novo álbum esteja repleto do que Rafael e Edu sabem fazer de melhor, que é música boa, com pegada e muita versatilidade, cheias de altos médios e baixos, e não uma linha horizontal, cheia seus 'quês' a mais que arrepiam meus braços quando ouço, com aquela magia do Confessori nas baterias, os solos do Kiko e as grandes linhas de baixo do Felipe.

Só para deixar claro, essa é só a minha opinião e espero não ofender ninguém com ela.


Quem quiser ouvir Arising Thunder!, vou deixar o link do site oficial que vocês poderão baixar por lá. Também poderão conhecer um pouco mais sobre o Angra. http://www.angra.net/