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domingo, 18 de julho de 2010

Arising Thunder, boa para uns. Para outros nem tanto!


Bem a primeira postagem do blog, eu decidi falar sobre a coisa que mais tem me chamado atenção no momento que é a volta do Angra, o que tem sido esperada por mim a muito tempo.Depois do fracassado Aurora Consurgens, eles voltam com um single que agrada uns e a outros nem tanto que é a música "Arising Thunder!"

Durante os últimos meses fomos "fusticagos" e "cutilados" com prévias e anúncios de um novo álbum por parte do Angra, uma notícia que é sempre um verdadeiro regozijo pra todos nós, brasileiros, fãs do bom metal. E eu, como fã copiosamente adulador do Angra, estava muito esperançoso no novo material, e, enfim, depois de dois anos de espera dolorosa, o primeiro single caiu em nossas mãos e em nossos ouvidos.

O tragicômico é rever os vídeos da banda e vê-los todos comentando sobre quão maduro é esse novo álbum, um marketing austero que deu certo, infelizmente antes e depois do lançamento, pois o que vimos foi uma grande parcela de garotos que começaram a ouvir Angra ontem e se deixaram levar pela lábia infame do marketing e já consideram esta a melhor música do Angra - e eu não estou aqui pra pregar nada contra o gosto pessoal de cada um, nem pra criar um pseudo elitismo embasado no tempo, não, sou absolutamente contra, mas o que me mais choca é a falta de capacidade de compreensão destes, que sequer aceitam uma crítica negativa.

Mas, e o que eu penso da música? Bom, eu havia depositado todas minhas experanças como fã de Angra nessa canção, esperava que ela fosse arrepiar-me cada pelo do braço como acontecia nos tempos áureos da banda, desde sua primeira demo até o Temple of Shadows, mas, não foi isso que pude ver. Uma introdução clichê(E não necessariamente pejorativa) abre a música, que segue com um solo dobrado ao melhor estilo Angra, com uma pegada germânica insossa, que culmina em uma abertura vocal do Edu que já me chocou por não conter a magia de produção apresentada nos dois álbuns do Almah, que é algo recente, não contem grandes agudos, uma voz mediana, sob uma produção linda, mas não foi o que deu pra ver. As guitarras parecem engolir a voz, não há teclado, e quando a música começa a tornar-se agridoce e parece decolar, sob a fulgência de uma ponte promissora, ela cai completamente e exonera-se de qualquer tempero e torna-se completamente sem sal no refrão, o que fez com que o meu coração de fã ficasse atônito, uma ponte promissora pra depauperar 'num refrão tão 'feito' pelas coxas? E o pior vem depois, solos sem qualquer sentimento condizente, que mais parecem demonstração pífia de técnica e, ao retornar do solo, a música até tem uma variante que te cria esperanças, mas mais uma vez te apunhala com uma mesmice absurda e um fim 'esperável'.

No fim, para um grande fã do Angra que teve a oportunidade de apreciar qualquer fase aonde a banda colhia os verdadeiros louros da música boa(E você pode começar fazendo isso agora, não precisa ser fã da banda há anos, é só ter ouvidos e o material), essa música é como comer ovo frito sem sal, em um momento de escassez e fome musical um bom ovo frito poderia acariciar seu paladar como nenhum caviar faria, mas, cadê o sal? Aonde colocaram aquela 'cozinha' do Angra, cujo Mestre Cuca Rafael tinha a seu lado Edu Falaschi?

Nessas horas eu me pergunto, como após lançarem coisas como Fragile Equality e Brainworms, em seus projetos paralelos, Rafael Bittencourt e Edu Falaschi conseguem cair na mesmice insulsa? Mas a resposta é simples, essa música é do nosso Kiko Loureiro, não tem participação na composição do Rafael Bittencourt, o que nos deixa cada dia mais claro que, após a saída do André Matos (Para quem não sabe ele foi o primeiro vocalista do Angra ), o Rafael é a mente brilhante no Angra, embasada pela versatilidade criativa do Edu, e vou exonerá-lo da responsabilidade pela 'Arising Thunder', pois, podemos ver em registros recentes, com o próprio Almah, que o Falaschi sabe bem criar uma boa música.

Mas como comparar uma música cujo teclado é nulo, não tem altos e baixos, parece uma linha reta mediana, com músicas como Carry On, Nothing To Say ou Nova Era, com seus coros, refrões marcantes, pegadas distintas? Chega a ser um escárnio, tentar. O que me causa grande tristeza em dizer, pois, há tanto tempo sem ouvir uma música inédita do Angra, eu esperava MUITO mais, mesmo que fosse clichê, mesmo que fosse muito mais do mesmo, André Matos está aí com seu Mentalize( Seu segundo CD solo), que não nos deixa esquecer que músicas clichês podem sim ser muito boas, e eu ainda me arrepio quando ouço o Mentalize. É como se imaginar em um deserto, encontrar um oásis, água pura, e ela ser tão salgada que não se possa beber, essa é a Arising Thunder.

Agora é torcer, e eu estou torcendo DEMAIS pra que o novo álbum esteja repleto do que Rafael e Edu sabem fazer de melhor, que é música boa, com pegada e muita versatilidade, cheias de altos médios e baixos, e não uma linha horizontal, cheia seus 'quês' a mais que arrepiam meus braços quando ouço, com aquela magia do Confessori nas baterias, os solos do Kiko e as grandes linhas de baixo do Felipe.

Só para deixar claro, essa é só a minha opinião e espero não ofender ninguém com ela.


Quem quiser ouvir Arising Thunder!, vou deixar o link do site oficial que vocês poderão baixar por lá. Também poderão conhecer um pouco mais sobre o Angra. http://www.angra.net/





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